sábado, 15 de novembro de 2008

Diário de Um Negro Ratatáia Que Nunca Morre! setembro


O Tempo Voa Logo Abaixo Entre Os Destroços Espatifam-nos Os ­Crânios À Proa Gritos Ecoam Há Sobreviventes Sob O Velador Preso No Espaço Um Beijo De Ratos Na Parelha Rústica De Prédios Opacos Onde Ainda Ontem Nos Escondemos Dos Estilhaços Onde Fomos ­Assaltados Onde Fomos Vistos Com Desassossego No Espírito Onde Fomos Amaldiçoados Onde Fomos Bolinados Em Ato Suspeito O Peito Vazado No Leito Espesso E Viscoso Das Mágoas Por Onde Desaguam Rios Supurosos De Células Extenuadas De Tristezas Negras ­Infeccionando A Alma!

Que Foram Arrancadas Empaladas Empilhadas Embarcadas ­Sobrepostas Umas Sobre As Outras Muitas Toneladas! Muitos Anos! Eram Quase Humanos Sobre Oceanos ­Atravessados Nas Estacas Da Arrogância E Do Desprezo:

Uma ­Extremidade Fixada No Leito Ruinoso Dos Desejos Ao Largo De Cidades Inundadas De Conspiração E Medo A Outra Cravada No Centro Rochoso Olho Das Virtudes Fonte Do Manancial Da Vida Que Se Auto Justifica - Eu Tenho O Direito! E Outras Lógicas Civilizatórias Complexas Dois Imensos Corpos Que Brincam E Se Lambuzam – Sombra e Luz! – Para A Glória De Imagens Santas Entalhadas Inflamáveis Inigualáveis! Insuscetíveis! Insuspeitáveis! Que Irão Nos Asfixiar No Vazio!

Onde Tua Presença Desrespeitosamente Abunda Teus Trejeitos ­Assuntam O Santuário Decô Da Arquitetura Da Esquina Do Olhar Fugaz Da ­Menina Do Rapaz Delicado E Fino Que Flutua Empinado E Curioso ­Preocupado Com Que Suas Preces Não Sejam Atendidas Rogai Por Nós Nossa ­Senhora Da Segunda-feira Desaparecida Na Segunda Janela De Baixo Pra Cima Com TV A Cabo Coca-Cola Biscoito De Chocolate Chuveiro Quente Spray De Vaselina Jonhson Com Perfume De Flores!

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