sábado, 15 de novembro de 2008

Diário de um Negro Ratatáia Que Nunca Morre! julho


Seu Corpo Dessensibilizado Em Noites De Morte Se Despia Sem Pátria Não Se Refugia Não Se Ajunta Mas Em Solitária Agonia Se Reconhece Não Desfalece Mas Em Profunda Apatia Permanece Não Se Acaricia Mas Atado Com Os Adornos Da Lascívia.

Dia Após Dia Derramando Inestimável Iguaria No Tronco Temperado Para O Açoite Do Desejo Inebriante Do Meu Olhar Dominante ­Confortavelmente Assentado Que Investiga Sem Moderação E ­Insaciável Apetite Fazendo Saltar Aos Olhos As Cores Mais Intensas Do Calvário O Detalhe Do Corpo Seminu Semelhante Afrodite O Negro Devasso Pronto Para o Amasso No Cagasso No Cabresto Dobrado No Paço No Peito Cravam-lhe Dois Punhais De Aço Deixando O Olhar Que Anseia Me Possuir - Eu Que Nada Possuo! - Em Pedaços.

Que Delícia Cabeça E Coxas Lambidas E Mastigadas Toma-lhe Paulada Murro - Vida Desgraçada! Vida Desgraçada! Profana Em Fúria Vã – ­Arrebata Demônio Travesso! Pondo-lhe As Vísceras Ao Avesso ­Arremessam-no Na Parede - Belo Arremesso! Saio Respeitável Ileso, Não! ­Definitivamente, Não O Conheço!

– Ouço Humildemente Calado!

Nenhum comentário: