segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Por Ironia



Intenso é o tráfego entre a pureza e a lubricidade...

o homoimanente e o heterodecantado,
o obscuro e o iluminado;

o branco, em acinzentado processo,
e o preto a se desbotar num lento clareado;


o bem, que justifica atos do mal,
e o mal que veio para o bem;

o possuído, que riquezas à volta sonha que tem,
e o despossuído que tudo em si contém;


o ativo, penetrado pelo estrangeiro,
e o passivo, que avança abnegado por inteiro;


o senhor, na ilusão conduzido,
e o escravo à luz de seus próprios vícios;

a coisa, que já não faz sentido,
e o coisificado perdido, perdido (...)

2 comentários:

Anônimo disse...

Poema para cravar adaga com cabo dulcificado por rubis nas almas dos coisificados/codificados perdidos para que a coisa faça algum sentido e liberte da dualidade preta e branca o homem integral
Sheyla Guedes

Ezequiel disse...

Em meu blog há poemas sobre amores malditos, mas entre nós há uma abismo, pois no Arcanjo Suburbano o estado social & toda essa pataquada de Cidadania & Igualdade foram postos pra fora a largos pontapés.

abs

Ezequiel
blog Arcanjo Suburbano