-Saí logo cedo para ver de perto e também participar do projeto "T-Bone, Açougue Cultural", de formação livre de bibliotecas populares em pontos de ônibus da asa norte de Brasília. Já contam 35 pontos, com cerca de 600 livros em cada um, disponíveis 24 horas a quem quiser levá-los para ler; ao final, repô-los sem nenhum tipo de controle, exceto o da própria consciência social em favor da livre repartição de nossas riquezas culturais; isso ainda existe?
Bem, esse projeto foi criado pelo Luíz Amorim, que só aprendeu a ler aos 16 anos de idade e hoje é proprietário do Açougue Cultural T-Bone, na 312 norte; onde foram realizadas várias “Poemações” durante a I BIP. Eu também passei por lá e deixei vários “MEIOHOMEM(s)” a disposição, totalmente free, com a augusta responsabilidade de bring-back-as-soon-as-read autenticada por uma pesquisa da UNB que afirma que 90% dos livros retornam. Passe, confira e me diga se ainda estou por aí.
Em seguida dei um pulinho na 27ª edição da Feira do Livro de Brasília, promovida pela Câmara do Livro do Distrito Federal e que recebeu cerca de 520 mil visitantes, gerou muitos empregos temporários e obteve um crescimento nas vendas de 6% em relação ao ano anterior.
“Palavras mudam o mundo” (assim, azul-verdinho amazonas) foi o tema da feira; um tanto dúbio, me lembra um pouco o discurso insidioso sexagenário do padre Antônio Vieira, mas pode estar também sinalizando uma ponta de esperança seminal nas cabecinhas daqueles um tanto míopes, pesados-trôpegos que andam caindo pelos caminhos.
Foram 10 dias de estandes, oficinas, palestras, “bate papo” com escritores, contato com contadores de estórias (muito na moda). Tudo aconteceu ali, bem no centro da cidade, no “entorno” do shopping Pátio Brasil; free. Muito popular. Que Beleza!
...na foto, com seus tamancos gregos, o escritor, professor de história, fleneur nordestino e retirante ruralista Paulo Cavalcante, vendendo seu livro a granel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário