sábado, 15 de novembro de 2008

Diário de Um Negro Ratatáia Que Nunca Morre! novembro


Quatro Ou Cinco Barganham Nossa Afeição Com Truques E Mimos ­Semelhantes Quando Observamos Primatas Vestem-se De Trapos E ­Tantos De Todas As Idades Revezam A Atenção Da Cena Improvisando A ­Pantomima Enquanto Outros Moços Moças Meninos E Meninas Se Empenam Furtivamente Ao Alcance Do Que Comer.

Não Não É Uma Juventude Amável...

Mas Com Os Punhos Embrutecidos Que Se Estendem Contra os Mais Novos Com As Velhas Marcas Dos Cativos. Os Gestos Dissimulados Mal Se Agitam Sob Uma Crista De Olhares Náufragos Que Enquanto Afundam Sangram e Abundam Olhos Virgens Que Nos Fixam Resignados. Os Dentes Enferrujados Mostram-se Quando Encerram Rumores De Um Sorriso Anunciado. Os Pés Desregrados ­Saltam E Se Agarram De Mocambo Em Mocambo Através De Atalhos Escarpados. As Unhas Negras De Imprestáveis Batalhas Arriscam Serem Devoradas Contra O Abismo De Rostos Solitários.

Também Embrutecidos Tornaram-se Os Meus Ouvidos Que Já Não ­Ouvem O Lamento Rosado As Doces Súplicas De Lábios Recém ­Formados Que Com A Simples Química Do Desprezo E Da Indiferença Condenamos À Solidão!

E Virão Mais E Mais E Acamparão Em Torno Do Nosso Muro Que Se Desespera Manter-se Intacto E Forçarão Entrada Pelas Cloacas Pelos Portões Do Monte Das Cinzas Única Fraqueza Que Em Nosso Destino Permanece Cínica!

– Oh, Meu Deus! E Já Aqui Se ­Encontram Muitos Reunidos Para O Nosso Gozo E Fastio Vivem Para O Deleite De Nossa Piedosa Auto Estima E Diversão Enquanto Aguardam O Sopro Divino Das Tempestades Do Destino Que Venta Do Estrangeiro Para O Refresco De Seus Rostos Miseráveis!

– Mas Em Que Mundo De Sonhos Vivemos Até Então?

Um comentário:

Anônimo disse...

Ruy
se eu te desse um tapa na cara, com certeza você ia sair or aí falando mal de mim. Mas se um moleque de rua me matasse, o que você diria ara minha esposa e família???
Você diria: Lamento. E só.

Todo mundo sabe de que lado você está. Você, Sérgio Vaz, MV Bill, Celso, Marcelino Freire...vocês lamentam as barbaridades que os bandidos fazem com as outras pessoas, mas nunca permitem que ninguém faça mal aos bandidos

Se querem que alguém dê a outra ace, dêem as suas, não nos mandem dar a outra face para os bandidos.

Studart